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6.º Encontro da Família

O próximo encontro da Família será nos dias 01 e 02 de junho de 2024 na cidade de Pato Bragado - PR.
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A Origem dos Sobrenomes Poloneses

Os sobrenomes de poloneses nativos, da mesma maneira que sobrenomes de outras nações eslavas podem ser divididos em três grupos principais:

  • Os que derivaram de apelidos originais, como nomes de animais, árvores, coisas, profissões, etc.
  • Os que derivaram do nome cristão ou profissão do pai (patronômicos).
  • Os que derivaram de nomes de cidades, vilas, regiões, etc. (toponômicos).

Isto pode parecer simples, mas em muitos casos, é quase impossível determinar se um sobrenome dado é derivado do nome de uma profissão ou a partir do nome da aldeia que tem essa profissão, na sua raiz. Os sobrenomes derivados de nomes de profissões podem ser tratados como membros de qualquer dos grupos acima.

As línguas eslavas utilizam muitos sufixos para formar sobrenomes. Por exemplo, vamos olhar para a profissão "Kowal" (um ferreiro), que na língua Inglesa tem um apelido "Smith", e vários deles no alemão, "Schmitt", "Schmidt" etc., (que diferem apenas pela ortografia). No idioma polaco, podem-se adicionar numerosos sufixos (as vezes até mesmo vários sobre o mesmo nome), por isso, além do sobrenome "Kowal" tem Kowalski, Kowalik, Kowalewski, Kowalak, Kowalka, Kowalkowski, e Kowalczyk, para citar apenas alguns que são as mais utilizadas. O mesmo vale para os sobrenomes derivados de nomes cristãos. A partir do nome comum "Jan" (João), os polacos formaram mais de 100 sobrenomes, entre eles: Jankowski, Janicki, Jankowiak, Janiak, Jasicki, Jasinski e Jachowicz. No caso de denominações cristãs muitas formas, tais como diminutivo e locais (dialectais) tem suas variantes conhecidas, que, por conseguinte, aumentam o número possível de sobrenomes.

A maior parte dos sobrenomes formados por sufixos não significam nada por si próprios. Apesar disso, ainda podemos aprender alguma coisa sobre um apelido a partir do sufixo que está presente. O sufixo "ak" é típico para a Polônia Ocidental, enquanto "uk" são encontrados, principalmente, no Oriente.

É dito comumente que o sufixo "ski" prova a "origem nobre" de uma família, isto era verdade até aproximadamente 200 anos atrás. Atualmente a maioria das pessoas cujos sobrenomes terminam em "ski" ou "cki" (que é uma variante da fonética "ski") são originárias de antigas classes sociais mais baixas. Este fenômeno é facilmente explicado no século 19, porque todos queriam ser considerados "nobres", assim muitos melhoraram os seus sobrenomes com este sufixo.

O processo de formação de sobrenomes polacos durou vários séculos. A classe nobre originalmente usou nomes "clã", que mais tarde, os nomes permaneceram em seus escudos de armas. Famílias dentro de um clã utilizavam um sobrenome derivado do nome da aldeia eles pertenciam. Quando uma família se mudava, era costume mudar o sobrenome também. Os sobrenomes terminados em "ski" ou "cki", originalmente eram utilizados para "provar" uma origem nobre. Desde o século 17, pelo menos, os sobrenomes das famílias nobres se tornaram fixos e foram herdados por gerações seguintes. Estes permanecem sob essa forma de aqueles tempos até hoje.

Habitantes das cidades também começaram a utilizar os sobrenomes no fim da Idade Media. Aqueles que vieram de outros países mantiveram seus sobrenomes originais com modificações ou traduções para o polaco. Poloneses nativos formaram os seus sobrenomes de diversos apelidos, no século 17 este procedimento também terminou.

Camponeses não tinham sobrenomes, no significado contemporâneo da palavra, praticamente até o fim dos anos de 1600. Eles utilizavam sobrenomes para diferenciar entre pessoas com o mesmo nome cristão, mas estes geralmente não passavam de geração para geração. Este costume surgiu na primeira metade do século 18, no início nas partes Ocidentais de Polônia e mais tarde no Leste. Apesar disto, dentro dos próximos 100 anos, os sobrenomes foram alterados muitas vezes dentro de uma determinada família, tanto a ortografia e por sufixos. Depois de 1850, a prática de desenvolvimento de sobrenomes tinha terminado em toda a população. Também foi naquele tempo que os judeus foram obrigados a usar os sobrenomes herdados em vez dos seus patronômicos tradicionais.

Naqueles primórdios, apenas o filho primogênito herdava o sobrenome paterno (bem como o brasão original). Os demais deveriam constituir novas linhagens de famílias (e brasões). O mesmo acontecia com o título aristocrático; se era do tipo "palotinus", os filhos tinham direito de herdá-lo, o qual se extinguia com a morte paterna. Por outro lado, os filhos ilegítimos, em alguns casos recebiam o sobrenome paterno integral (Brasão idem), ou incompleto (brasão parcial). Por exemplo, se o sobrenome do pai natural era, digamos "Zwolinski", o filho extraconjugal recebia o sobrenome "Wolinski", ou de "Dobinski" para "Binski". Uma terceira possibilidade era criar um sobrenome a partir de um fato geográfico. Se o local se chamasse "Jawor", poderia dar origem ao sobrenome "Jaworski"; mas esse costume não era exclusivo desses procedimentos extralegais.

Durante a idade média, portanto antes dos anos 1400, as pessoas possuíam apelidos, alguns depreciativos, alguns pornográficos até, outros, nomes próprios de origem eslava ou bíblica. Antes da adoção do uso dos sobrenomes, como hoje os conhecemos, aqueles apelidos e nomes eram acompanhados da denominação da propriedade rural. Se o indivíduo João morasse em "zawada", então era reconhecido como João de Zawada; outro José, domiciliado em "Nowa", era José de Nowa. Tempos depois, seus descendentes, poderiam passar a usar o sobrenome de Zawadzki e Nowacki, respectivamente. Algo semelhante ocorria com a formação dos sobrenomes terminados em "IC" e "CZ". Estes provinham dos burgos ou povoações de origem e não de propriedades rurais familiares como o caso acima descrito. As terminações em "CKI" e "SKI", também se formaram a partir dos nomes das propriedades rurais possuídas, mas a diferença é de caráter gramatical e não necessariamente, na natureza da origem regional.

Durante séculos, os contatos diplomáticos, comerciais, militares com países próximos ou afastados, exerceram significativa influência também sobre a onomástica polonesa. Até os dias de hoje são encontrados sobrenomes de origem alemã, armênia, grega, húngara, italiana, lituana, persa, romena, russa. Alguns desses sobrenomes estrangeiros eram "polonizados", outros convertidos para o polonês, outros se mantinham originais. Um curioso exemplo da "polonização" é o sobrenome Kossubudzki. Em 1324, um fidalgo alemão, Nicolas Von Kossabude, instalou-se na Polônia e seus descendentes poloneses passaram a ser conhecidos como os Kossubudzki. A tradução dos sobrenomes italianos para o polaco, geralmente eram literais. Por exemplo, o "Montelupi" passou a ser o sobrenome polonês Wilczogárski (Montanha-de-lobos). Exemplos de sobrenomes mantidos na fonética ou grafia original: Adank (do alemão, Habdak), Baubonanbek (persa), Korniakt (grego), Korybutt (lituano), Kardosz (húngaro), Imbram (turco), Orman (arménio), etc.

Um caso a parte são os sobrenomes judaicos. Chegados ao país ainda na Idade Média, passaram a formar um muito importante enclave étnico. Antes da Segunda Guerra Mundial, compunham cerca de 10% da população. Contribuíram de forma relevante no comércio, cultura e ciências polonesas. Quem não se lembra de L. Zamenhof, o criador do Esperanto? Quando eventualmente convertidos ao catolicismo, podiam ter novo sobrenome constituído a partir da localidade onde moravam; tê-lo emprestado da família fidalga polonesa que os patrocinou ou formado raiz do nome do mês em que foram batizados, ou mesmo, decorrente das graças do ato do batismo, algo com Boa Ventura, Boa Fé, etc. Mas muitos se conservaram no original, com grafia polonesa ou não.

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